BOOK: Brazilian Culture: What it is, how it is done



Cultura Brasileira: O que é, como se faz

Aldo Vannucchi (author)




REFERENCES
(page 10)
"... a capacidade de pesquisar a identidade nacional sem se limitar a nossos exotismos, ou valorizar apenas o que é brasileiro só por ser brasileiro.' 

(page 14)
" A imitação do estrangeiro que era inevitável não serial um mal em si, mesmo porque as transplantações culturais vêm associadas, frequentemente, a fatores de progresso. O mal residia e ainda reside na rejeição de tudo que era nacional e principalmente popular, como sendo ruim, porque impregnado da subalternidade da terra tropical e da inferioridade dos povos de cor."

(page 15)
" Só nas últimas décadas, havendo alcançado, por fim, certa magnitude como sociedade nacional e certo grau de autonomia cultural, começamos, os brasileiros, a criar nossa própria visão do mundo e a exercer uma criatividade cultural genuína." 

(page 16)
"Por isso é que, a nosso ver, Ouro Preto no século XVIII e Brasília no século XX, como complexos urbanísticos arquitetônico, representam, talvez, os primeiros atos maduros de criatividade dos brasileiros no plano da cultura erudita. E o representam não porque sejam típicas e sim porque são expressões iguais ou melhores que quaisquer outras dos ideias estéticos da civilização a que pertencem."(1)

"Donde se pode concluir que, ao se falar de cultura brasileira, dois entendimentos são possíveis:

1) a cultura universal de que o Brasil participa do seu jeito;
2) a cultura especificamente criada pelo povo brasileiro."

(1) Darcy Ribeiro, Teoria do Brasil: 1º - os brasileiros, Petrópolis, Vozes, 7ª ed., 1983, pp. 140-147

(page 21)
" Somente se poderá conceituar cultura, como auto-realização da pessoal humana no seu mundo, numa interação dialética entre os dois, sempre em dimensão social. Algo que não se cristaliza apenas no campo do conhecimento teórico, mas também no da sensibilidade, da ação e da comunicação."

(page 24)
"Dentre as inúmeras acepções de cultura, é muito comum entendê-la como desenvolvimento multidimensional e harmonioso da pessoa ou da humanidade em geral, ou ainda como acervo, bem como transmissão espontânea ou dirigida de valores e conhecimento."

(page 25)
"Assim, Cícero apresentava a filosofia como cultura animi(2), ou seja, aprimoramento do espírito, do mesmo modo como se fala hoje em culto da forma ou do corpo, cultivo de uma língua estrangeira, de uma ciência, de uma amizade especial etc."

"Essa visão de clássica de cultura, transmitida e favorecida pelas 'humanidades' - estudo próprio do homem livre, educado nas 'artes liberais' - foi assumida pelo cristianismo e veio prevalecer nos tempos do Renascimento, englobando então tudo aquilo que faz o homem superior aos animais e aos 'bárbaros' e idealmente vinculado a todos os seus semelhantes. No Iluminismo a noção de cultura passou a ser o conjunto dos modos do viver civilizado." 

(page 26)
" ... cultura nesse enfoque, é o modo de viver típico, o estilo de vida comum, o ser, o fazer e o agir de determinado grupo humano, desta ou daquela etnia. Fala-se, assim, etnologicamente, em cultura brasileira, cultura nhambiquara, cutura alemã, cultura esquimó, etc." 

(page 27/28) Conceitos de cultura
"1) há os que vêem cultura como sistema de padrões de comportamento, de modos de organização econômica e política, de tecnologias, em permanente adaptação, em vista do relacionamento dos grupos humanos com seus respectivos ecossistemas;
2) há os que tratam a cultura como um sistema de conhecimento da realidade, como o código mental do grupo, não como um fenômeno material mas cognitivo;
3) há também os que encaram a cultura como um sistema estrutural, em que o eixo de tudo é a bipolaridade natureza-cultura, tendo como campos privilegiados de sua concretização o mito, a arte, a língua e o parentesco;
4) por fim, há os que entendem cultura como sistema simbólico de um grupo humano, sistema que só poderá ser apreendido por outro grupo por meio de interpretação e não por mera descrição."

"Essa pluralidade de tendências e explicações da antropologia cultural, pode, à primeira vista, acarretar decepção e até ceticismo. Na realidade, porém, tal ciência, pelo fato de fundamentar na observação empírica de dados humanos, vale dizer, dados indefinidamente variáveis, não pode pretender encerrar o conceito de cultura em esquemas universais, exatos e definitivos." 

(page 33)
"Por isso é que o erudito corre sempre sérios riscos de se desnacionalizar no seu cosmopolitismo ou ainda de se estagnar num conservadorismo reacionário." 

(page 37)
" Confunde-se (cultura brasileira) com definir a identidade nacional: detectar tudo o que contribui para nossa diferenciação na sociedade universal, aprofundando a análise dessa relação de alteridade - nós e os outros. Esse debruçar-se sobre a própria cultura nacional, distinta de todas as outras, mesmo que limítrofes ou afins, não se reduz ao culto das expressões nativas, porque muito dado cultural importado também se integrou à nossa formação, não por mero processo de cópia, mas por uma deglutição positiva. Por sua vez sabe-se que a cultura não só ultrapassa os limites nacionais, como também supera os arroubos chauvinistas, tendendo ao universal. Não sem motivo, aliás, enfatizam-se hoje certos produtos culturais deste ou daquele país como legítimo patrimônio da humanidade inteira." 

(page 38)
Também não falta quem se empenhe em desvendar a efirmar a brasilidade, por meio de manifestações culturais de acentudada pupularidade, como o carnaval, o samba, o futebol ...

(page 40)
"Não há dúvida, impossível definir um povo sem conhecer suas tradições. Se nossos colonizadores nos espoliaram por séculos, foi precisamente porque, em vez de respeitar nossas tradições, nos impingiram outras, de par com as estruturas políticas e econômicas trazidas da Europa, de tal sorte que, hoje, certos dados culturais, como a religiosidade popular ou o carnaval, por tradicionais que sejam, estão longes de constituir, por si sós, marcas exclusivas do 'caráter nacional brasileiro'. "

(page 43)
"Ninguem pode desconsiderar a força telúrica de elementos existencias como a terra, a casa, a alimentação, a música, a dança, as crenças, o vínculo entre parentes, amigos, vizinhos, as lembranças dos idosos com suas experiências e 'causos', as festas tradicionais do lugar, a língua viva, as lutas travadas, os laços de solidariedade desenvolvidos na infância... tudo isso dá sentido à vida e marca a gente."

(page 45)
"Parece-nos, portanto, extremamente válido encarecer o enraizamento cultural como uma das marcas indicadoras de nacionalidade. Se o meio social e as condições específicas em que as pessoas vivem estão intimamente relacionados com o modo como elas percebem a si mesmas, é natural que melhor se identifica a cultura quando melhor se conhecem suas raízes."

(page 47)
"...mosaico cultural..."

"Depois de todo o legado precioso do negro africano, recebemos, a partir do século XIX, as influências de muitas correntes migratórias, como as dos italianos, dos alemães, dos japoneses, dos poloneses etc. De resto, país-continente, bem sabemos quantas distintas manifestações culturais vicejam em nossas regiões."

"Por tudo isso, pondera com acerto Darci Ribeiro (3), só se pode falar de cultura brasileira na acepção de uma entidade complexa e fluida, que não corresponde a uma forma dada, senão a uma tendência em busca de uma autenticidade jamais lograda plenamente."

"Conforme arguta observação de Renato Ortiz (4),a verdadeira questão não é simplesmente definir cultura brasileira. Pouco vale tentar descobrir e explicar quais as características de nossa nacionalidade. O primordial é saber quem faz ou cria, hoje, essa identidade nacional e a quem interessa conceituá-la."

(page 48)
"Na verdade, a cultura brasileira só se pode mesmo ser percebida como 'tendência' balizada no século XX, cem anos após a independência política, por fenômenos revolucionários, como o Movimento Modernista, a RevoluÇão de 30 e a gênese das Universidades, tudo dentro de um contexto político e econômico em que o Estado burguês ora procura relativizar as manifestações culturais como dados políticamente neutros, ora sabe enquadrá-los ardilosamente numa pauta pré-capturada pelo seu aparelho ideológico."

(page 53) Brasilidade cultural

"querer captar-lhe a especificidade cultural..."

"Por estes, a cultura brasileira estaria muito bem desenhada, com invejável riqueza de adjetivos impressionistas, como cultura de um povo predestinado a combinar o moderno com o tradicional, sempre infenso a radicalismos, povo sem par, 'essencialmente plástico e flexível' (4)."

(page 54)
"... maior soma possivel de manifestações culturais brasileiras..."

"Um terceiro caminho, sugestivo e fascinante, encontraríamos - e aqui o 'nós' vale realmente como impositivo - estudando aspectos constitutivos da existência concreta do homem e da mulher brasileiros, tais como sua linguagem, suas crenças, sua alimentação, sua roupa, seu lazer, sua música, seu artesanato, sua casa, todo o seu fazer e agir cotidianos. Materializando essa busca, precisaríamos captar e determinar  o que caracterizaria, de fato, a habitação do brasileiro, o que distingue suas escolas, suas igrejas, seus locais de trabalho, seus hospitais, suas áreas de lazer e até mesmo - por que não? - seus cemitérios."

(page 55)
"...o problema será sempre a profusão incalculável de nossas peculiaridades regionais..."

"... marcado por enormes diferenças regionais..."

(page 57)
"Nessa direção, a obra do filósofo italiano Gramsci (6) pode oferecer pertinentes sugestões de trabalho, a fim de que a criação e a identificação da cultura nacional  não se restrinja, à pura preocupação conceitual e se liguem intimamente a todo o processo de afirmação de nossa identidade e autodeterminação."

"Esse 'intelectual orgânico' será capaz, assim, de superar a visão estreita e estática de cultura brasileira como simples conjunto de atitudes, conhecimentos, tradições e criações da nossa gente. Procurará, antes, captar, na sua ação mediadora, o específico da terra, conhecendo e sentindo o país, seu povo, seu chão, sua história, sia economia etc., por meio de uma ligação interativa com as classes rurais e urbanas, inter-relacionando teoria - visão coerente do mundo - e prática, sobretudo política."

(page 58) A mitologia da brasilidade
"Seria um empobrecimento cultural lamentavel ficarmos presos sempre à interpretação esteriotipada da nossa cultura, tentando captar toda a complexa e heteogênea realidade do nosso país, por meio do lugar-comum simplório e reducionista, como: Brasil = país do carnaval, do samba, do futebol, do jeitinho, da novela, do futuro, paraíso tropical, terra da cordialidade, da democracia racial, da conciliação, da improvisação, da macaqueação..."

"Se todo mito tem um núcleo de verdade, a inteligência nacional, por sua vez, merece todo o respeito, não se podendo aceitar a repetição ad nauseam, sem nenhuma análise crítica,  dessa mitologia, segundo a qual até Deus é brasileiro!"

(page 68)
"... cultura como afirmação do cidadão brasileiro no trabalho, na família, no lazer, na prática religiosa, na sociedade civil, na vivência de um ofício ou de uma arte."

(page 69)
"... bombardeados pelo imaginário da cultura dominante..."

(page 73)
"Identidade: 'Todo cidadão brasileiro tem o direito assegurado ao respeito de sua realidade cultural; assim, devem ser garantidas todas as manifestações heterogêneas e multiculturais, sem excessão, em que se exprime a identidade cultural brasileira'."

(page 78) Brasil- Colônia
"A primeira resposta, vinda bem de longe, ;e que a chegada dos colonizadores foi marcada pela política do desprezo, do desrespeito, da dizimação da cultura nativa, num processo de aculturação predatória, que até hoje não se estancou por completo."

"... política cultural de transplantação. Da metrópole vem o monopólio mercantil, a catequese, a estrutura do ensino, a sobrevalorização do trabalho intelectual e a prática exclusiva do trabalho físico pelo indígena e pelo escravo africano. Dentro dessa orientação política, que, de um lado, destruía o nativo e, de outro, impunha o importado, sobrou muito pouco para o estímulo de uma cultura autócne. A fechada política cultural da época não conseguiu impedir algumas criações no campo das artes, como, por exemplo, na música, na dança, na literatura oral, na culinária, por influência do indio e do africano. Tais criações perduram até hoje."

(page 79)
"A partir da segunda metade do século XVIII, começa a esboçar o ideário da autonomia política e cultural brasieleira, com o questionamento cada vez mais forte das bases do sistema colonial monopolista e predador."

"Aqui instalada, a Corte lusitana logo impulsa algumas atividades culturais, especificamente quantitativas, como nota Nelson Werneck Sodré: 'As atividades ligadas ao conhecimento do país, particularmente pelo levantamento das variedades de plantas e animais, e o levantamento das variedades de plantas e animais, e o incentivo dado às expedições científicas..."

(page 80) Brasil-Império
"Essa abertura cultural relativa possibilitou melhor contato com a ideologia liberal que se implantava então nas nações desenvolvidas, como a Inglaterra e a França, onde campeava soberano também o romantismo literário. Com isso, a nossa idependência política não significou nenhuma ruptura com os padrões culturais europeus. Prosseguia a cultura da imitação, da alienação, a cultura das elites para as elites, numa sociedade escravista, em que as vozes estritamente populares não tinham vez."

"Mas a distância entre a cultura das minorias poderosas e a cultura de classes populares aprofundava-se."

(page 81) Primeira república
"As crises pol'iticas e economicas que abalaram o imp'erio da d'ecada de 1880 e a pressao da pequena burguesia crescente prepararam a mudanca para o regime republicano, sempre sob a influencia estrangeira, agora do positivismo, na filosofia e nas ciencias, e do realismo, nas artes."

(page 82)
".... gestarão também importantes manifestacoes culturais, como o Movimento Regionalista do Recife e a Semana de Arte Moderna de 1922, que marcam a decisão dos artistas patrícios de se aproximarem, o mais possível, do povo, na linguagem e na temática."


"Nesse clima de renovação efervescente, comeca a acontecer algo muito importante: a difusao da arte popular. Já não era mais simplesmente o folclore de autores anônimos, mas o aparecimento (principalmente na música) de artistas vindos das camadas mais baixas da população urbana. Isto foi facilitando pela difusão das gravações em disco e do rádio. O samba deixou de ser consumido pelas classes médias.'"


(page 83)
"... foi a criação  do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), em 1939, subordinado diretamente à presidência da República, com a finalidade, entre outras, de controlar, para não dizer censurar, o rádio brasileiro em todas as suas atividades culturais, sociais e políticas e assim manter 'a moral, os bons costumes e a ordem'."


"Outra medida estadonovista que merece citação é o decreto-lei de 30 de novembro de 1937, de iniciativa do então Ministro de Educação e da Saúde (!), Gustavo Capanema, pelo qual se criou o Serviço do Patrimônio Artístico Nacional, baseado em anteprojeto elaborado por Mário de Andrade."


"Mário previa a preservação, sobretudo das atividades comunitárias, tradições folclóricas, usos, costumes, lendas, atividades criativas grupais que distinguem o pergul da nação, por meio do seu povo. O decreto-lei ignorou essa linha original, restringindo-se à preservação de realidades identificadas com bens móveis e imóveis, sempre materiais (3)."


(page 84)
"Naquele mesmo ano de 1937, reagindo à visão patrimonialista da cultura brasileira, profissionais do teatro (teátrologos, atores, cenógrafos, empresários, proprietários de casas de espetáculos e outros) e do rádio conseguiram, pressionando o governo, a criação de dois organismos oficiais: o Serviço Nacional do Teatro e o Serviço de Radiodifusão Educativa. Todavia, a trajetória dessas duas promissoras entidades sempre foi marcada po deficiências e precariedades."


(page 85)
"No entanto, o que predominou mesmo, por todo esse período de 1946-1964, marcado pela redemocratização, foi a influência norte-americana, monopolizadora e alienante, por meio, sobretudo do cinema, da televisão e de todos os meios de comunicação de massa. A cultura começa a despontar como indústria muito rendosa, com prejuízo das nossas raízes."


"... construção de Brasilia, a bossa nova, a obra de Villa-Lobos, a arte cerâmica do mestre Vitalino, a pintura de Portinari e o Cinema Novo, com 'Barravento' (1961), primeiro longa-metragem de Glauber Rocha, sem esquecer 'O pagador de promessas' (1962), de Anselmo Duarte, premiado com a Palma de Outro no Festival de Cannes."


(page 86) Ditadura Militar
"Com o golpe militar de 1964, inaugura-se nova fase da política cultural brasileira. Surgem novas entidades, como o Conselho Federal de Cultura (1966), a Embrafilme (1969), o Departamento de Assuntos Culturais do MEC (1972), o Programa de Ação Cultural (1973), a Funarte (1975), mas o que realmente prevaleceu no vintênio ditatorial pós-64, foi uma política cultural centrada em dois pontos fortes:
1) a promoção de uma falsa e impossível unidade cultural, acobertando-se as gritantes desigualdades e diferências econômicas e sociais alastradas pelo País;
2) a defesa da 'memória nacional' ou do 'patrimônio histórico e artístico nacional', com desprestígio de todo movimento de criação de bens culturais, postergado, senão vigiado e cerceado pela censura, como se fora reduto de subversão."


(page 87)
"Nessa conjuntura, o expediente predominante do regime autocrático foi o controle ideólogico da criatividade. cultural, como demonstram nitidamente:


1)os objetivos explícitos do Conselho Federal de Cultura;
2)o Plano Nacional de Cultura (1975);
3)a manipulação, tanto das manifestações regionais - folclore nordestino, por exemplo- como das criações dos grandes centros urbanos;
4) os slogans cínicos e típicos da época, como, por exemplo: 'Vamos trabalhar que a gente pega a inflação na esquina'; 'Ninguém segura este país'; 'Este é um país que vai pra frente'; 'Plante que o João garante'; 'Cultura para todos'..."


"...'o Estado avoca a si o papel de manter acesa a chama da memória nacional e por conseguinte se transforma no criador e bastião da identidade nacional."


(page 88) Nova República
"A partir de 1985, novamente redemocratizando o País, com a volta do poder civil, um dos primeiros debates veiculados pelos meios de comunicação foi sobre a nova política cultural, a propósito da validade ou não de se criar um ministério exclusivamente dedicado à cultura. E essa novidade institucional não só se efetivou, como também, logo depois, surgiria a primeira lei federal de incentivo fiscal em benefício da cultura, a Lei Sarney, alterada no governo Collor (Lei Rouannet) e regulamentada pelo decreto n. 1.494, de 17 de maio de 1995, que estabeleceu a sistemática da execução do Programa Nacional de Apoio à Cultura."


(page 95) Cultura popular brasileira
"1) estamos nos referindo  à cultura produzida pelo povo e não à cultura para o povo;
2)entendemos por povo todas as camadas da sociedade, com excessão da classe dominante, posto que esta vive outra condição socioecônomica, outros hábitos, outros hábitos, outros anseios e, por conseguinte, outra postura cultural."


(page 97) Conteúdo da cultura popular
"Para o povo o que existe e interessa mesmo é a vida, o trabalho, a família, a luta cotidiana de sobrevivência, o denscanço, a festa, a felicidade de viver."


"... ou seja: tecnicas domésticas de trabalho, práticas de cura, habilidades artesanais, literatura oral, folguedos tradicionais, crenças, música e muitas outras vivências."


"E será possível distinguir cultura popular de cultura de elite..."


(page 99)
"Uma cultura baseada muito no 'fazer' do que no 'saber'."

(page 104)
"Cultura popular representará uma força de reação e de identidade, com apoio nas raízes do povo, na sua memória coletiva, no apego rígido aos valores tradicionais (4)."

(page 107) Especifidade da cultura popular brasileira
"... não vivemos num país culturalmente homogêneo...."

(page 108)
"... essas culturas populares possuem uma unidade latente: unifica-se o fato de crescerem a partir do ponto de vista das classes subalternas..."

(page 115) Caracterização histórico-conceitual
"Foi somente a partir do século XIX, após a revolução industrial, que se passaram a produzir bens culturais em série, padronizados, postos no mercado, para o consumo do maior número possível de pessoas, dentro e fora das fronteiras nacionais."

"Mas a indústria cultural, além dos bens culturais em si próprios, produz, cria, induz desejos, necessidades e reindivicações..."

(page 126/127) Cultura de massa no Brasil
"... a indústria cultural leva ao desenvolvimento nacional, é democratizante e pluralista. Sem ela, o grosso das populações ficaria culturalmente marginalizado e, por consequencia, com menor ou nenhum poder político."

(page 140) Conclusão
"Nada garante, a priori, que o nível cultural brasileiro crescerá significamente, no século XXI."

FURTHER INFORMATION

ISBN: 8515019493




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